Num mundo em que Dragon Ball FighterZ nunca tivesse existido, Fly Punch Boom! seria o mais próximo que teríamos de poder jogar um episódio da mítica série e tenho a certeza absoluta que em menos de nada teríamos a comunidade modding a colocar os personagens do universo DBZ neste magnífico jogo.
Fly Punch Boom! é na verdade tudo o que sempre sonhei ter num jogo de luta. É super acessível ao mesmo tempo que consegue abrir espaço para que haja uma sensação de progressão real em termos de domínio do jogo e um ranking bastante claro de jogadores. Isto não quer dizer que seja um jogo extraordinariamente profundo porque não o é (se bem que tenho a certeza que haverá quem esteja a espumar ao ler isto). É apenas um fantástico jogo que merece mais atenção do aquela que tem tido até agora.
A mecânica do jogo, como disse, é super simples e baseia-se numa espécie de pedra-papel-tesoura substituído por hit-throw-counter. Mas aqui não basta ganhar este pequeno jogo. O génio de Fly Punch Boom! reside na multiplicidade de opções que temos e em conseguirmos (ou não) acertar no timing correspondente à ação que desejamos. E sim, toda esta mecânica é baseada em QTE (Quick Time Events), por isso fica o aviso a quem esteja à espera de comandos mais parecidos a um Street Fighter ou um Mortal Kombat. Fly Punch Boom!, para mim, assemelha-se muito mais a um jogo como o mais recente Samurai Shodown no sentido em que aqui é tudo mais uma questão de timing do que uma questão de memorização de movimentos especiais. É claro que a comparação termina aqui, pois o ritmo absolutamente frenético de Fly Punch Boom!, bem como o nível de destruição que conseguimos aqui, nada têm a ver com a “serenidade” dos combates de Samurai Shodown.
As batalhas que podemos criar aqui são incríveis, repletas de emoção, golpes especiais, contra-golpes especiais e ataques que destroem mundos (além dos cenários). É o que disse. Este jogo é o Dragon Ball Z. Em termos de modos de jogo também temos por onde escolher, começando com o modo arcade, mas onde creio que este jogo brilha é mesmo online, onde podemos levar o que aprendemos e colocar-nos à prova. Testei este jogo no PC e nunca tive problemas em conseguir jogo, no entanto devo deixar o aviso que segundo o que li, encontrar jogadores online na switch é aparentemente complicado e sinceramente inexplicável porque este jogo parece ter sido feito a pensar na “pequena” portátil.
Conclusão:
Fly Punch Boom!, já é um dos meus jogos favoritos dos últimos tempos. Visualmente vai buscar um estilo que me provoca alguma nostalgia do tempo dos jogos flash que sempre admirei, misturado com personagens inacreditáveis e um sistema de jogo fantástico que, por promover o movimento constante, faz com que as batalhas sejam absolutamente épicas. Adorava que este jogo ganhasse mais do que um cult following, porque se há um jogo que merece um lugar no próximo EVO, é este.
Nasceu num dos melhores anos para nascer, 1980, e cresceu com um enorme desejo de poder jogar nas máquinas de jogos. Cumpriu esse desejo no dia em que finalmente fez 16 anos e pode legalmente entrar em salões de jogos. Infelizmente também descobriu que jogar custava dinheiro e por isso resolveu estudar mais um bocado. Hoje é publicitário e feliz proprietário de uma Super Nintendo. O seu jogo favorito ainda é o Street Fighter II.