A minha primeira consola foi uma PS3, tendo-me mantido fiel à marca até à recém-chegada PS5. Agora, comprei a minha primeira Xbox.
Nunca dei azo a guerras de consolas. O que me levou inicialmente a adquirir a PS3 foi o facto de amigos terem a mesma consola e assim podermos trocar jogos entre nós. Entretanto, os exclusivos PlayStation eram inegavelmente mais interessantes (para mim) e, por essa razão, adquiri a PS4 e, mais recentemente, a PS5.
O mundo Xbox nunca me havia despertado interesse. Isto até recentemente, quando o Game pass para PC saiu em versão Beta. Subscrevi o serviço e não foi difícil concluir que este era, sem dúvida, um excelente produto, com imensos jogos por onde escolher e agora mais recentemente com acesso ao live e ao EA Play.
Contudo, este apresenta um defeito. O leque de escolha para PC, embora interessante e recheado de bons jogos, é muito limitado quando comparado com a vertente para consola. A verdade é que o bichinho ficou e, caso cedesse à tentação, sabia que a única opção que teria era a escolha entre a Series S ou a X.
Já estava bem empolgado com o anúncio de Hellblade 2, mas o verdadeiro empurrão veio quando a Microsoft anuncia a compra da Bethesda. Doom e Dishonored estão entre as minha séries preferidas.
Restando-me decidir qual consola adquirir, não tive de pensar muito, já aqui havia dito que considero que a Xbox Series S é a consola perfeita para usufruir do Game Pass. Pelo valor de 299.99€ da consola e juntando os 12.99€ mensais do Game Pass Ultimate (ou 9.99€ pelo base), temos acesso a centenas de jogos e regalias (perks). Entre estas o EA Play, 1 mês de Disney+, Xbox Live, etc.
A Series S é, sem dúvida, a melhor porta de entrada para o ecossistema Xbox.
Sim, sei que o poder de processamento é inferior à Series X mas isto tem muito a ver com o facto da Series X debitar 4K e a Series S debitar 1440px. Acreditem, vai ser preciso muito mais memória e poder de processamento apenas para esta diferença. E um jogo será sempre bom ou mau independentemente da resolução a que corra. A questão do 4K (ou sua ausência) não me incomoda, além de que à distância a que me sento da TV não vejo os pixeis.
Outra boa surpresa foi o acesso à Microsoft Store e às várias aplicações compatíveis com a consola. Uma delas é a app do meu operador de TV, o que torna este sistema muito mais versátil do que a PS5, que apenas tem acesso a aplicações de streaming. Esta característica, aliada à pequena dimensão da consola, torna-a imprescindível para as férias, onde, aliada a um pequeno modem 4G, me permite trazer todo um centro de entretenimento num pequeno formato, fácil de transportar numa mochila.
Tendo sido este o meu primeiro contacto com uma Xbox, devo dizer que achei o setup da consola super simples e intuitivo. Estando habituado à PS, apenas tive de perceber que as coisas funcionam de forma diferente. A consola é rápida e tudo flui mas é no Quick Resume , quando trocamos entre jogos ou aplicações, que percebemos o quanto o sistema está afinado.
Relativamente ao comando, este é muito bem desenhado e super confortável. Facilmente me habituei à posição diferente dos analógicos e de resto funciona sem nada a apontar. Embora não apresente as mesmas características distintivas do DualSense, trata-se de um comando muito confortável e ergonómico, com um desenho muito limpo. Ao pressionar o botão Xbox no comando acedemos ao menu e aí podemos ter várias opções. Embora não seja nada que me tivesse deixado assoberbado, aqui achei que havia demasiada informação.
O ponto fraco do comando, na minha opinião, está no facto de não vir originalmente com bateria interna e sim com duas pilhas AA. Após me ter informado sobre a curta duração que estas podem ter e o facto de que apesar de poder usar pilhas recarregáveis estas também não terem uma longevidade satisfatória, optei então por adquirir a bateria da Microsoft. Assim posso usar o comando e carregá-lo conforme necessário, sem andar a trocar de pilhas. O cabo de carregamento que vem com a bateria é bastante longo e permite-me continuar confortavelmente sentado no sofá enquanto o comando carrega.
Num mundo cada vez mais digital e tendo em conta o seu acessível custo acredito que esta pequena grande consola esteja a iniciar um pequena revolução silenciosa.
Colocando a Xbox Series S e a PS5 em pratos opostos da balança é-me verdadeiramente difícil dizer para onde pendem os meus interesses. Enquanto uma é mais poderosa, a outra tem um serviço de subscrição muito superior e o factor portabilidade do seu lado. Sem dúvida que os exclusivos têm peso mas neste campo a Microsoft está a fazer jogadas extremamente agressivas. A compra da Bethesda revelou isso mesmo. Uma boa dose de forte concorrência é tudo o que o mercado precisa para inovar e acredito que grandes jogos estarão para chegar. Da minha parte só estou satisfeito por ter ambos os sistemas, permitindo-me desfrutar de tudo o que está para vir.
Começou a jogar num spectrum 48k e desde então tem uma paixão por videojogos, não imagina a sua vida sem jogar. Fã de RPGs, First Person Shooters e jogos Third Person, joga na sua PS5, Xbox Series S, PC e Nintendo Switch.